A Preceitos ® é uma organização não governamental regida por princípios verdadeiros. Nós somos mais do que um sonho. Somos a realidade tirada de uma utopia !
Na vaidade de se crerem iluminados e muito mais inteligentes que o comum dos mortais, os luciferianos não hesitam em escarnecer dos cristãos. Portanto, quase sempre existe uma pontada de deboche dissimulado nos métodos e no simbolismo utilizado para afrontar a Igreja de Cristo.
Shiva tem muitas características que o tornam comparável à idéia do diabo cristão e acho que não é a toa que tanto se esforcem para difundi-lo como divindade. Ele é reputado como o criador do Yoga que é uma das práticas mais reverenciadas pelos movimentos da “Nova Era”. Para muitos entusiastas, o Yoga acaba conduzindo ao universo politeísta das tradições indianas e ao afastamento da religião cristã. Isso ocorre de forma muito sutil, no pressuposto de ser uma filosofia ecumênica e dentro da proposta de um maior aprimoramento mental e espiritual para os praticantes. Mas, gradativamente, os envolvidos são estimulados a montar altares, entoar mantras que substituem as orações e a invocar Shiva, entre outros deuses pagãos, ao invés de dedicar seus louvores ao Deus Pai Criador ou ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
É fácil perceber a ironia de invocar Shiva quando damos por conta do quanto ele lembra o diabo cristão em diversos aspectos. Assim como Satã, Shiva também representa a promessa do conhecimento supremo. Para destruir a “ignorância”, sua principal arma é o Trishula ou tridente. Independentemente de ser julgado como obra do imaginário popular ou uma perversão de origem católica para denegrir antigas deidades (como Netuno), o fato é que o tridente está associado ao diabo, fazendo do Trishula não menos do que uma alusão satírica. Shiva não tem chifres, mas tem um crescente lunar sobre a cabeça que lhe é equivalente. Víboras cingem a sua cintura ou adornam o seu pescoço e creio que nem seria preciso lembrar que elas remetem ao instigador bíblico do pecado original.
A naja é uma das serpentes mais venenosas do mundo. Simboliza tanto o domínio de Shiva sobre a morte quanto uma suposta energia chamada Kundalini que intentariam fazer subir pela coluna vertebral através de práticas sexuais, principalmente, dentro de uma modalidade de Yôga denominada tantrismo. Assim como Baphomet, Shiva tem no órgão sexual masculino um de seus principais símbolos e sob a promessa de avanço espiritual, muitos se entregam à lascívia, confundindo liberdade com libertinagem.
A trindade hindu é composta pelo Criador (Brahma), o Mantenedor (Vishnu) e o Destruidor (Shiva). Chamá-los de demônios dentro de sua concepção religiosa original não faz o menor sentido, nem seria adequado. Realmente, é preciso muito cuidado com a tendência de "demonizar" as divindades de outras religiões. Algo totalmente diferente, entretanto, é correlacionar a Trimurti indiana com o satanismo, baseado em evidências de movimentos satânicos ou luciferianos (como queiram chamar) que tentam disfarçar e legitimar seus rituais usando elementos do hinduísmo.
Shiva não é o Mal conforme o concebemos pela mentalidade cristã. No máximo, poderíamos compará-lo a uma espécie de “Mal necessário” ou parte do plano divino, na cosmogênese indiana. Entretanto, dentro da trindade hindu, Shiva é aquele que mais se aproxima do arquétipo demoníaco. Portanto, é ardilosamente natural que os satanistas que não queiram se referir a Satã ou Lúcifer de forma direta; façam uma menção indireta ao seu senhor através do nome de Shiva. Agindo assim, eles podem acusar de ignorância qualquer um que tente estabelecer um paralelo entre os seus ritos e o satanismo.
Como precedente dessa premissa, Albert Pike classifica Shiva no mesmo nível de entidades de outras tradições que se equiparam a Satã como princípios do Mal. Selecionei um trecho extraído da página 277 de “Morals & Dogmas”, vejam:
“Toda a antiguidade resolveu o enigma da existência do Mal supondo a existência de um Princípio do Mal, de demônios, Anjos caídos, um Arimã, um Tifão, um Shiva, um Loke ou um Satã que, primeiro caindo e afundando na miséria e na escuridão, tentaram o homem para sua própria queda e trouxeram pecado para o mundo.”
“All antiquity solved the enigma of the existence of Evil, by supposing the existence of a Principle of Evil, of Demons, fallen Angels, an Ahriman, a Typhon, a Siva, a Lok, or a Satan, that, first falling themselves, and plunged in misery and darkness, tempted man to his fall, and brought sin into the world. “
Para aqueles que não saibam o papel fundamental de Albert Pike e de sua obra para que a Maçonaria se tornasse a instituição que hoje conhecemos, sugiro que pesquisem, pois a narrativa iria muito além do escopo deste artigo e vale à pena estudar sobre o assunto.
Os maçons se dizem pedreiros livres ou construtores, enquanto Shiva é descrito como o Grande Destruidor. Algo que, do ponto de vista maçônico, faz dele uma figura interessantíssima. Seu elemento é o fogo; o agente transformador por natureza e, supostamente, usado para destruir o que se julga ultrapassado, dando lugar ao que se crê renovador. Penso que a maioria dos leitores haverá de concordar que aquilo que vemos em nossos tempos é justamente a destruição de todos os costumes, padrões de moralidade e religião visando instaurar um modelo unificado para o mundo.
Portanto, os maçons se dizem construtores e de fato o são, mas não revelam que pretendem construir sua “Grande Obra”, principalmente, sobre os escombros da Igreja de Cristo; além de todas as outras religiões tradicionais que trabalham para reunir numa única crença...
É importante notar que em seu contexto original, dentro da tradição hindu, Shiva e seus associados são tidos como destruidores do Mal. Por outro lado, também é importante notar que, no universo maçônico/teosófico, Lúcifer e Satã representam o “Bem”, sendo considerados os portadores da “luz do conhecimento” para a humanidade. Em contrapartida, o Deus do Paraíso cristão teria sido aquele que tentou aprisionar o homem no “jardim da ignorância”, sendo, portanto, associado ao Mal. Dito isto, podemos considerar uma inversão de valores onde é possível chamar o Bem de “Mal” e o Mal de “Bem”.
De tal forma, digo que é por tomar um pelo outro e não por sua concepção filosófica ou religiosa intrínseca que tenham convertido Shiva numa representação do Princípio Demoníaco que, dissimuladamente, oferece libertação, riquezas, conhecimento ou progresso espiritual, mas corrompe a sociedade e destrói tudo o que nela há de bom.
Isto está de acordo com a nem tão enigmática expressão do 33º. Grau maçônico: “Ordo ab Chao” (Ordem vinda do Caos).
A Nova Ordem Mundial virá do caos! Mais precisamente, irá emergir quando todos os valores cristãos que um dia permearam a sociedade, nada mais forem do que ruínas e pó...
É preciso reconhecer o belo serviço de ajuda humanitária prestado, principalmente, por aqueles que se encontram no círculo exterior da maçonaria, pois, conforme se lê nas obras de Albert Pike, na Ordem existem círculos internos cujos propósitos não são conhecidos pelos que habitam nos círculos externos.
A propaganda maçônica fala em admitir homens bons para torná-los melhores. Neste sentido, a letra “G” (usada no logo maçônico) é aquela que melhor representa o formato e a postura fetal, sendo que o compasso e o esquadro que a envolvem são sugestivos quanto ao projeto de gerar um novo homem; superior e até divino, como alguns gostam de comparar.
Tais idéias parecem muito nobres, dignas, louváveis e até inofensivas desde que não atentemos para o fato de que também estiveram por trás dos objetivos do Terceiro Reich...
No decorrer dos últimos séculos, membros proeminentes da Maçonaria estiveram à frente na criação de novas ordens e movimentos esotéricos. Por certo, haverá quem diga que eles eram livres pensadores e, necessariamente, não representavam os propósitos e interesses oficiais da Maçonaria. Mas será mesmo assim? De fato, é possível concordar que não representassem a conduta oficial, mas e quanto à oficiosa?
Entre os grandes grupos empresariais é comum investirem numa nova companhia ou marca secundária para coexistir ao lado da principal e alcançar outras faixas de consumidores. Além de propiciar uma maior liberdade para a aplicação de conceitos e preços diferenciados; caso algo dê errado, não se contamina a credibilidade de um produto bem sucedido com o eventual malogro do empreendimento recém criado. Tenho a impressão de que a Maçonaria utiliza essa mesma estratégia de marketing há séculos.
Existiriam realmente várias ordens ou apenas uma? Frutos diferentes ou apenas enxertias de uma mesma árvore? Façamos um apanhado geral:
O co-fundador da Sociedade Teosófica, Coronel Henry Steel Olcott, era maçom. Paralelamente, a própria Helena Blavatsky estaria entre o seleto número de mulheres que percorreu a senda maçônica;
Charles W. Leadbeater foi outro líder teosófico de grau 33 na Maçonaria que, ao lado de Annie Besant, viu em Krishnamurti o veículo para a manifestação de Maytreia, o avatar da “Nova Era”;
Rudolf Steiner, grau 33 da Maçonaria, fundou a Sociedade Antroposófica após romper com a Sociedade Teosófica;
Edward Bulwer-Lytton era maçom e foi o autor de “Zanoni” e de “The Coming Race” (A Raça Futura), obra que teria dado origem a teoria do Vril (um tipo de energia sem precedentes dominada por uma super-raça chamada Vril-ya que habitaria o centro da Terra);
O fundador da Ordem de Thule (de íntimas ligações com a Sociedade do Vril, de Karl Haushofer) foi o maçom Rudolf von Sebottendorff;
Tanto a Thule quanto a Vril arrebataram alguns dos mais importantes membros da elite nazista, inclusive Adolf Hitler. Diga-se de passagem, as idéias de superioridade racial estão alinhadas com o conteúdo de “A Doutrina Secreta”, escrita por Blavastsky;
Os fundadores da Golden Dawn, Coronel William Wynn Westcott e William Robert Woodman, eram maçons e essa sociedade foi bastante influente na Alemanha nazista, tanto quanto para o crescimento do ocultismo como um todo;
A fundação da “OTO - Ordo Templi Orientis” está ligada aos maçons Karl Kellner (1851-1905) e Theodor Reuss (1855-1923), mesmo sendo dito que Kellner não teria ultrapassado o grau de aprendiz e Reuss, apesar de ter atingido o grau 3 (mestre maçom), tenha um histórico conturbado que inclui sua expulsão da Loja Simbólica que freqüentava, além da ostentação de vários títulos que seriam fictícios. Kellner era profundamente interessado pelo Yoga e é reconhecido como um dos primeiros ocidentais a atingir certo domínio sobre suas técnicas. Não por acaso, a chamada “magia sexual” (que remete ao tantrismo) era praticada na OTO;
Aleister Crowley, maçom de grau 33º, foi iniciado na Golden Dawn, onde teve rápida ascensão. Tornou-se dirigente da OTO, co-fundador da Astrum Argentum e inspirador de outras ordens baseadas na “Lei de Thelema”;
Dois membros da OTO tiveram papel de destaque no movimento rosacruz moderno: Arnold Krumm-Heller com a ”FRA - Fraternitas Rosicruciana Antiqua” e Harvey Spencer Lewis que constituiu a “Antiga e Mística Ordem Rosacruz – AMORC”;
Max Heindel se engajou na Teosofia através das palestras de Leadbeater, teve contato com a Antroposofia de Steiner, mas, sob influência de uma entidade espiritual identificada como “Irmão Maior da Ordem Rosacruz”, iniciou sua própria fraternidade;
Do ramo rosacruz de Krumm-Heller, sob influência de Eliphas Levi, Steiner e Max Heindel, brota o controvertido colombiano Vitor Manuel Gomez Rodrigues, mais conhecido como Samuel Aum Weor, fundador da “Igreja Gnóstica Cristã Universal” e da “AGEACAC - Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos Culturais Arte e Ciência”.
Em nosso país, a “Sociedade Brasileira de Teosofia”, fundada por Henrique Jose de Souza em 1928 e, após a sua morte, rebatizada como “SBE - Sociedade Brasileira de Eubiose” é o equivalente nacionalizado da “Sociedade Teosófica”. A Eubiose promove os mesmos princípios teosóficos, com a diferença peculiar de ensinar que o Brasil é o berço da “Nova Era de Aquário” e o messias que irá substituir Jesus no novo ciclo de evolução da humanidade nasceu no país, em 24 de Fevereiro de 1949. Sua manifestação mundial era esperada em Setembro de 2005 e o não cumprimento dessa expectativa não significa o fracasso da SBE, mas, no máximo, um esgotamento dos seus objetivos. Afinal, na suposição da urgência de estarem devidamente preparados para a manifestação do sucessor de Cristo, muitos mergulharam intensamente nas práticas ocultistas e na propagação de seus preceitos.
Assim como na “Sociedade Teosófica”, além de estudos ligados ao budismo esotérico, as técnicas eubiotas para a expansão da consciência provêm de exercícios de Yoga: respiração, mantras, visualizações, mentalizações e posturas corporais. Somam-se a elas, a devotada crença em mestres invisíveis que zelam pela evolução da humanidade, dentro de uma “Grande Fraternidade Branca”. Henrique Jose de Souza é também reputado como mentor e patrono de lojas maçônicas.
Mesmo
pertencente a uma categoria distinta, pois seus ensinamentos estão à livre
disposição do grande público, não poderia deixar de mencionar o maçom Hippolyte
Léon Denizard Rivail ou Allan Kardec. Ele codificou a doutrina espírita no
mesmo período de grande efervescência ocultista representado pela passagem de
meados do século XIX para o século XX. A comunicação com os mortos é
biblicamente condenável, abrindo portas para o assédio de entidades enganadoras
que, se aproveitando da boa fé e sofrimento humano, se fazem passar por entes
queridos, adotam a identidade de personalidades famosas ou intentam exercer o
papel de orientadores espirituais. O próprio Kardec reconhecia essas
incertezas; não obstante, o espiritismo se tornou a versão para as massas de
modelos esotéricos baseados em guias espirituais e num processo de evolução da
alma que se dá através do aprendizado entre inúmeras encarnações.
Voltando
ao foco central, examinemos Gérard Anaclet Vincent Encausse (1865 – 1916), mais
conhecido como Papus,. Médico, ocultista, rosacruz e, apenas para não
variar, maçom! Para o nosso propósito que é o de estabelecer conexões entre as
assim chamadas “escolas de mistérios” e sistemas místicos orientais como o
Yoga, importa lembrar aquele que talvez tenha sido o feito mais relevante da
vida de Papus: a fundação da “TOM – Tradicional Ordem Martinista”,
atualmente, integrada à AMORC. Em 1907, o português Antonio Olívio Rodrigues
(conhecido como AOR) é iniciado na Loja Martinista “Amor e Verdade”,
situada na cidade de São Paulo. Dois anos mais tarde, criando uma importante
derivação, AOR funda o “Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento” que foi o
grande divulgador do ocultismo no Brasil. Através de palestras, cursos,
reuniões e publicações de uma editora própria, a “Pensamento” (hoje,
Pensamento-Cultrix), AOR trouxe para o nosso país as obras de Eliphas Levi e
Papus, entre outros. Igualmente, em 1980, é a Editora Pensamento que lança, no
Brasil, a primeira versão integral de “A Doutrina Secreta”, de Helena P.
Blavatsky.
A
Ordem Martinista de Papus tem uma relação direta com a divulgação do Yoga em
nossa pátria. Reconhecido como o seu grande introdutor no Brasil, o francês Leo
Alvarez Costet de Mascheville ou Sevananda também foi presidente da Ordem em
1936. De fato, a família de Leo é fundamental para a implantação do Martinismo
em toda a América do Sul, sendo seu pai nomeado “Delegado Especial do Supremo
Conselho da Ordem Martinista” por Papus, em 1895. Portanto, os laços entre as
chamadas escolas de mistérios contemporâneas e o misticismo oriental no qual o
Yoga se enquadra, podem ser encontrados por quem os procure. Todavia, para
torná-lo atraente para os que se recusem a aceitar uma roupagem mística ou para
evitar conflitos com diferentes concepções religiosas, existe quem tente
desvinculá-lo de suas conotações espiritualistas.
Eu convido o leitor a aprofundar tal pesquisa por conta própria, verificando a
intricada rede de conexões no surgimento de diversos movimentos esotéricos,
aparentemente desligados ou independentes entre si. Digo isto porque é comum
que esses “mestres” ou seus conceitos se respaldem uns pelos outros. Mas,
conforme se pode constatar, tal cumplicidade, antes de significar a confirmação
de alguma incorruptível verdade eterna, indica brotamentos de uma mesma raiz ou
pensamentos dos que beberam de uma mesma fonte. Ou seja: ecos e mais ecos de um
mesmo sistema!
Também acho fascinante notar que entre as figuras ilustres dos meios
esotéricos, muitos deles possuíam patentes militares, conforme citei nos
exemplos estrangeiros. No Brasil, entre os maiores expoentes do Yoga, temos o
General Caio Miranda e o Coronel Hermógenes, ambos teósofos. Seria coincidência
ou uma clara indicação de estarmos diante da maior batalha travada sobre a face
da terra através dos tempos, cujo prêmio não é o ouro ou qualquer outra riqueza
de cunho material, mas a tão cobiçada quanto preciosa alma humana?
AS
APARÊNCIAS ENGANAM
Yoga não é apenas uma filosofia,
mas uma prática cujas bases descansam no paganismo hindu e num tipo de
religiosidade que permite devoção a homens de carne e osso desejosos de serem
reverenciados como manifestações divinas. Não são, por exemplo, os benefícios
fisiológicos derivados das técnicas respiratórias que questionamos, mas às
implicações espirituais que se ocultam entre sorrisos, afagos e promessas de
iluminação pessoal.
Buscando uma abordagem mais objetiva, vamos mostrar evidências da participação
maçônica na promoção do Yoga no Brasil.
Os princípios da Maçonaria podem se harmonizar com as aparentemente distintas
correntes de Yoga, mas, no que tange aos fundamentos bíblicos, tanto a
Maçonaria quanto o Yoga são contrários à fé cristã.
Boa parte dos cristãos ainda é capaz de perceber que o deus maçônico se opõe ao
Deus bíblico. No entanto, carecem da mesma assertividade para reconhecer as
contra-indicações do Yoga. Fazer a conexão entre os interesses maçônicos e essa
doutrina oriental pode ajudá-los a obter uma visão mais crítica. Portanto, o
objetivo desta parte é o de identificar vínculos maçônicos na promoção do Yoga
dentro do próprio contexto brasileiro e não o de condenar os seus
protagonistas. A competência de julgar pertence unicamente a Deus. Neste
sentido, tampouco intentamos “denunciar” aquilo que diz respeito ao foro íntimo
de cada um. Queremos apenas esclarecer tais relações, de modo a garantir que os
leitores cristãos não sejam enganados e, caso resolvam adotar tais
metodologias, façam essa escolha mediante uma análise consciente daquilo que
não está publicamente explícito.
“Dizia-lhes ainda: Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do
alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro? Porque nada há
oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado.”
Marcos 4: 21-22
No mais, considerando a marcante presença maçônica nos bastidores e palcos do
poder, comparada à crescente degradação que se espalha pelo mundo, subsiste a
impressão de que ou a Maçonaria tem falhado miseravelmente no papel ao qual se
destina a cumprir ou o está realizando com demasiada perfeição.
Dito isto, cabe perguntar se haverá mais do que apenas simpatia entre o
fundador de uma instituição brasileira denominada Universidade de Yôga ou
Uni-Yôga, Luís Sérgio DeRose, mais conhecido como "mestre" DeRose e a
Maçonaria?
"Preferi o 33º. andar em alusão
aos 33 graus da Maçonaria e às 33 vértebras que a kundaliní tem que ascender.”
Yôga, Mitos e Verdades - DeRose
Ele é discreto neste assunto, exatamente como convém a todo
"pedreiro-livre" empenhado nos serviços à "Grande Obra".
Mas, nos últimos anos, o Sr. DeRose parece bastante à vontade no recebimento de
títulos e honrarias vindas de instituições marcadamente vinculadas às potências
maçônicas. Igualmente, ele se mostra à vontade em reuniões do Rotary e em
associações como o Lions Clube, entidades que também compõem esse círculo...
O fundador do Rotary foi Paul
Percy Harris e o do Lions foi Melvin Jones. Ambos figuram entre os maçons
famosos que a Ordem Maçônica costuma mencionar orgulhosamente como referência
de seus propósitos humanitários. Sob sua fachada filantrópica, tanto o Rotary
quanto o Lions reúnem figuras influentes do meio político e social num ambiente
adequado para discutirem os seus interesses. Essas instituições são
instrumentos através dos quais a Maçonaria pode sondar e arregimentar novos
membros, além de congregá-los socialmente em um contexto favorável em termos de
imagem pública.
Aqui
no Brasil, como em muitos outros países, a Maçonaria está infiltrada nos mais
altos escalões do poder, incluindo as forças armadas. É no mínimo curioso ver
um homem que se disse perseguido pela ditadura militar brasileira, comprazer-se
agora no recebimento de tantas honras oferecidas pelas instituições do exército
nacional. E qual relação ele teria com o exército, não sendo militar e na
qualidade de professor de Yoga para receber tais homenagens e medalhas? O apoio
a causas humanitárias ou culturais? De fato, os órgãos militares também
condecoram civis, mas existem serviços públicos prestados de tamanho vulto que
justifiquem tanta deferência ou seria mais por conta de uma rede de contatos
que favoreça esse expressivo reconhecimento?
Algumas entidades das quais o Sr. DeRose recebe reconhecimento são
relativamente obscuras. Mas isto não significa dizer que não sejam importantes,
uma vez que esse parâmetro só pode ser medido pela esfera de influência dos
seus membros.
Muitas homenagens, por exemplo, foram recebidas da assim chamada "Casa da
Fazenda", como o prêmio de "Reconhecimento por Excelência". A
Casa da Fazenda está situada no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo e
é a sede de uma instituição denominada ABACH, Academia Brasileira de
Artes Cultura e História. Entre as "honrarias" que recebeu da ABACH
está uma "Medalha de Mérito Profissional" cujos ornamentos do
certificado merecem alguma atenção:
Conforme
se pode notar, a ilustração à esquerda faz parte dos adornos do certificado de
"mérito profissional". Existe uma grande diversidade de elementos
simbólicos dispostos numa composição monocromática. Mas uma avaliação mais
atenta faz suscitar a dúvida se o motivo não seria o de disfarçar aquilo que,
isoladamente, seria tão suspeito quanto óbvio. Na base temos elementos
relativos às artes e à escrita, como a pena mergulhada em um tinteiro, uma
paleta com tintas, um pincel e uma espátula. Na parte superior há o elmo de
Hermes, a espada que serve de fiel para a balança da justiça e, atrás, o perfil
da deusa Têmis de olhos vendados...
A figura se torna mais interessante à medida que é examinada das extremidades
para o centro cuja coloração foi alterada para destacar a presença da tocha dos
iluminados, a serpente como representação do conhecimento do bem e do mal, uma
engrenagem de doze dentes que também pode ser uma alusão ao Sol, a roda
zodiacal e aos doze signos astrológicos. Sobre eles se elevam o esquadro e o
compasso, os símbolos universais da Maçonaria...
É preciso ter em mente que tudo o
que diz respeito à Maçonaria costuma estar carregado de amplo simbolismo. No
canto inferior esquerdo temos dois ramos de louros, planta consagrada ao deus
Apolo, usualmente utilizada para representar glória, triunfo ou vitória.
Isolados, os ramos de louro podem não dizer absolutamente nada, mas combinados
com os demais símbolos, parecem mais indicar o glorioso reconhecimento pelos
serviços prestados por um frater maçom.
A Uni-Yôga criou o seu próprio hino e também possui uma bandeira. Isto remete a
uma curiosa estrutura marcial, recheada de pompa e circunstância que está em
sintonia com a observação anterior de que muitos daqueles que foram pioneiros
na divulgação das doutrinas esotéricas eram militares.
Quem tomar contato com a apostila do Sr. DeRose destinada aos dirigentes da
Uni-Yôga e denominada “Manual de Liderança”, verá que ele coordena a sua
Rede com claros mecanismos de disciplina militar e manipulação emocional.
Resumidamente,
ele declara que os “seres humanos carregam o
gene da traição”e passa instruções para “evitar que isso venha à
tona”. Diz que o “hominídeo”, por
carregar “milhões de anos de hostilidades
impostas” não está preparado para “receber
muito carinho, atenção, amor”, ensinando que esse tipo de dedicação
é comparável a dar “pérolas aos porcos”.
É, no mínimo, questionável usar a Bíblia, removendo uma frase do seu contexto,
como exemplo para fundamentar uma idéia nada cristã. Desde quando amar ou
demonstrar afeição é dar pérolas aos porcos?
O objetivo do impresso seria prevenir contra o que ele chama de “excesso de carinho, atenção, ajuda, intimidade,
concessões”. Na verdade uma apologia do sistema de castas indiano
adaptado para o ocidente que mescla uma postura de superioridade e polidez
superficial para definir com sutileza “quem é
que manda”. Neste sentido, os elogios devem ser escassos, mas as
críticas e repreensões podem e devem ser aplicadas mesmo que injustamente, sob
o pretexto de disciplinar o incauto.
De tal forma, segundo a apostila, seria preciso punir, impondo a autoridade
para não despertar no noviço o instinto predatório que ele pode precipitar
sobre os instrutores da Rede. Noutras palavras, os instrutores são exortados a
desqualificar e criar dificuldades para reprimir a personalidade dos alunos e
induzir um comportamento submisso.
Vejamos abaixo, dois trechos selecionados das páginas cinco e seis do manual:
Sobre o primeiro trecho, torna
evidente uma fixação hierárquica de tal intensidade que reduz o sexo a uma
casualidade tão superficial quanto o cumprimento cortês entre vizinhos. Sobre o
segundo, intitulado “Alguns Cuidados”, observem o emprego do vocábulo “patente”
que é de uso fluente na terminologia militar, referindo-se a um posto oficial
ocupado dentro de um esquema de subordinações. Notando que o Sr. DeRose gosta
de posar nas fotos de seus livros portando suas medalhas, difícil não lembrar
um general no comando de seu exército.
Na bandeira da Uni-Yôga existe uma cruz templária que é assim explicada:
"Escolhemos a Cruz de Cristo, ou
Cruz dos Templários, em alusão à bravura dos navegantes lusitanos que
aqui chegaram, como gratidão ao tanto que devemos à nossa Terra-Mãe."
Luís Lopes – Professor da Rede e Presidente da
Federação do Norte de Portugal
Não soa estranho que um homem que declare ser totalmente contrário ao que ele
próprio chama de mistura de "egrégoras" (consciência grupal e
específica da soma das energias físicas, mentais e espirituais de pessoas
reunidas em torno dos mesmos propósitos) permita uma deferência aos templários
na bandeira adotada para representar a sua instituição? Faz algum sentido
que uma escola ou universidade de Yoga preste homenagem aos templários? Não,
exceto, se esse "mestre" (e fundador) ainda mantiver vínculos
estreitos com a Maçonaria. Neste caso, isto fica tão claro quanto a mais pura
água cristalina. A memória dos templários é preservada e venerada na Ordem e,
para os maçons, todo empreendimento parece ter que se comunicar à "Grande
Obra" através dos símbolos adotados para representá-lo...
Nesta
perspectiva, o próprio logo da Uni-Yôga adquire outros contornos, pois,
nos meios iniciáticos, a letra “Y” (Ipsilon) ou letra pitagórica
representa a possibilidade de escolher entre dois caminhos distintos. O “Y”
representa uma bifurcação que se divide entre a trilha da mão esquerda e a da
mão direita. Algo que, na prática, tanto faz, pois ambos os caminhos constituem
parte do mesmo entroncamento na base do “Y”.
Socialmente, as pessoas se dividem em partidos e grupos que se digladiam,
competindo entre si. Sob o domínio da dualidade, se separam entre egoístas e
altruístas; entre aquelas que julgam praticar uma magia do mal e aqueles que
acreditam praticar uma magia do bem; no entanto, acabam servindo aos interesses
de um mesmo ditame. Na realidade, tornam-se peões num jogo cujas regras não
definem vencedores ou perdedores, mas apenas colaboradores encenando seus
papéis.
O yoguin
dentro do coração do logo forma um triângulo eqüilátero, símbolo da perfeita
harmonia entre dois pólos e a sua convergência ou ponto de equilíbrio, sendo
que um dos principais símbolos maçônicos é o triângulo. Apesar de banal,
justamente pela multiplicidade de usos nos quais ele possa ser empregado, serve
tanto para retratar a trindade do hinduísmo no equilíbrio entre os três grandes
princípios da divindade (criação, conservação e destruição ou Brahma, Vishnu e
Shiva), como para se referir ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo da Trindade
cristã ou a Osíris, Ísis e Hórus entre os maçons. Convenhamos que tal
versatilidade é bastante conveniente.
O
brasão da Uni-Yôga tem uma configuração bastante significativa, do ponto de
vista geométrico. Nele, o "Y" se forma pela disposição dos
braços, enquanto o triângulo é desenhado pelo arranjo das mãos.
Uma das atribuições dadas à letra "G" (contida entre o
compasso e o esquadro maçônico) é Geometria, porque é dito que “Deus
geometrizou” ao criar o mundo. Portanto, a geometria figura entre as chamadas
“Ciências Sagradas”.
Do ponto de vista simbólico, a geometria de um desenho é tão importante ou pode
ser tão conclusiva quanto o desenho em si. O desenho expõe o que se queira
tornar público, distraindo a atenção do arranjo geométrico que é capaz de
revelar segredos que ficam ocultos do observador desatento. Sem dúvida, existe
uma explicação oficial para a simbologia empregada no brasão, assim como para a
disposição dos elementos que nele se combinam. Entretanto, não estou
interessado apenas naquilo que é dito oficialmente, mas no que o símbolo sugere
por si só...
Relembro
que o "Y" representa dois ramos ou a bifurcação no caminho que
também serve para separar os que realmente sabem daqueles que ignoram os
verdadeiros objetivos da obra. Mas uma vez que ambos os galhos descendem do
mesmo tronco, qualquer escolha que seja feita estará beneficiando a mesma raiz.
O triângulo, no centro da figura, evoca um propósito de realização. A "Lei
do Triangulo", muito utilizada pelos rosacruzes, declara que toda
manifestação deriva de duas determinantes originais ou duas outras pontas, além
daquela que se faz visível. Como pirâmide, o triângulo também simboliza
hierarquia. Disto se deduz que as duas vias do "Y" devem conduzir à
manifestação de um mesmo projeto ou estrutura. Já a geometria da flor de lótus
é a mesma de um pentagrama invertido que, para os iniciados, é o símbolo de Baphomet;
Lúcifer mergulhado na matéria; o portador do archote ou da "luz do
conhecimento"...
Esotericamente, conforme Blavatsky e a Teosofia, o AUM (ou OM) do
topo, em sânscrito, é o fogo triplo da filosofia esotérica: Agni (fogo
ígneo), Varuna (fogo aquoso ou do akasha) e Maruts (fogo aéreo ou
espiritual).
Atrás do brasão, sugestivamente cruzados em “X”, estão os objetos de Shiva: o Damaru
(tambor) e o Trishula (tridente). Nesse processo, Shiva é essencial
porque representa o destruidor da forma. No caso, o destruidor de um velho
modelo social. Alguém poderia perguntar: mas os maçons não são pedreiros, não
são construtores? Sim, mas, conforme já foi dito, se quiserem erigir um novo
prédio sobre um terreno já construído, precisam derrubar o antigo e é isto o
que parecemos testemunhar pelo mundo afora...
Para quem não esteja familiarizado, explico que pequenas alterações em um
símbolo podem estar significando diferenças mais profundas do que gostaríamos
de admitir, haja vista o exemplo do logo do partido republicano dos Estados
Unidos, antes e depois da subida de George Bush (o filho) ao poder:
A
contraparte democrata parece seguir o mesmo caminho, conforme mostram as
estrelas invertidas da bandeira usada na comemoração da vitória de Hillary
Clinton nas primárias de New Hampshire:
Essa
imagem foi obtida no site da própria Hillary, embora tenha sido removida devido
ao fim da campanha e atualização de conteúdo. A ousadia aqui é a subversão de
um símbolo nacional, mas existem referências oficiais desse "flerte"
com as estrelas invertidas.
Considerando o formato das medalhas de honra americanas, ninguém deveria se
escandalizar com um pentagrama invertido a mais ou a menos:
Essa
disposição é amplamente empregada pela Maçonaria e entidades paramaçônicas;
visível em práticas que declaradamente se associam a Satã e dissimulada no
brasão da Uni-Yôga:
Essa
disposição é amplamente empregada pela Maçonaria e entidades paramaçônicas;
visível em práticas que declaradamente se associam a Satã e dissimulada no
brasão da Uni-Yôga:
A
chama sobre a "cabeça de bode" e o AUM sobre o "lótus
estrelado", significam a mesma coisa: consciência ou conhecimento supremo!
Bem se vê que estamos diante de uma onda que se alastra amplamente pelo mundo
em nome de Lúcifer que em latim significa “o portador da luz” em deferência ao
planeta Vênus ou Estrela d’Alva quando antecede o nascimento do Sol. Título,
hoje, exclusivamente associado a Satanás, mesmo que, biblicamente, assim não o
seja (vide postagem anterior do Blog: "Lúcifer é Satanás?").
Quanto à possibilidade do formato
do lótus e toda a composição do brasão da Uni-Yôga ser acidental, eu diria que
é nula. O Sr. DeRose é simpatizante de Madame Blavatsky, citada em seu
livro “Yôga, Mitos e Verdades” (Capítulo: “A História é só Estória: Não
Acredite Nela!” – pg. 335), atual “Quando é Preciso ser Forte” (Capítulo: “A
História Oficial” – pg. 375), como uma integrante da confraria de sábios
incompreendidos da história da humanidade, perseguidos por sua genialidade ou
pioneirismo.
Existe relativa complexidade na visão do papel pertinente a Satã, dentro dos ensinamentos
teosóficos. E ser complexo faz parte do objetivo de confundir deliberadamente,
pois a grande revelação esotérica destitui o Deus Bíblico em favor de Satanás.
Segundo Blavatsky:
“’Satã é o Deus do nosso planeta, e o Deus único’, e isto sem nenhuma
alusão metafórica à sua maldade e depravação. Pois ele é uno com o Logos.”
A Doutrina Secreta – Vol. III – Antropogênese
Pag. 253 – Editora Pensamento
De acordo com a Teosofia, a criação do homem descrita em Gênesis, deu vida a um
ser destituído de inteligência e discernimento que só pôde iniciar o seu
progresso evolutivo graças à rebeldia de Satã:
“Neste caso, é de todo natural –
tendo em vista a letra morta - que se considere Satã, a Serpente do Gênesis,
como o verdadeiro criador e benfeitor, o Pai Espiritual da Humanidade.
Porque foi ele o ‘Portador da Luz’, o brilhante e radioso Lúcifer que abriu os
olhos do autômato que Jeová criara (como se pretende). E aquele que foi o
primeiro a sussurrar: ‘No dia em que comeres... sereis como Elohim, sabendo o
bem e o mal’, não pode ser olhado senão como Salvador. ‘Adversário’ de Jeová,
espírito usurpador, ele permanece sempre, diante da verdade esotérica, como
o ‘Mensageiro’ amante, o Anjo, o Serafim e o Querubim, o que sabia muito e
amava ainda mais, e o que nos conferiu a Liberdade Espiritual, em lugar da
imortalidade física – pois que esta última não era senão uma imortalidade
estática que transformaria o homem num ‘Judeu Errante’, incapaz de morrer.”
A Doutrina Secreta – Vol. III – Antropogênese
Pg.261 – Editora Pensamento
Portanto, dentro dos círculos esotéricos o conceito de Satã é totalmente
inverso daquele pregado pelas correntes cristãs. Conforme já tivemos oportunidade
de comentar, ao falarmos sobre Shiva, ensina-se, no percurso de provas e
juramentos, uma perspectiva oposta sobre os conceitos primordiais de Bem e Mal.
Assim, Satã seria um grande injustiçado, cuja verdadeira história teria sido
corrompida pela Igreja. Percebam que, considerando a natureza de tal
“revelação”, torna-se facilmente compreensível a necessidade de sigilo e de um
processo gradual de iniciações para que o aspirante à "iluminação"
seja colocado em contato com tais idéias até aceitá-las sem restrição...
Os homens comuns pensam fazer escolhas, mas apenas escolhem o que já foi
pré-selecionado como suas opções. Principalmente, numa época onde os opostos se
conciliam por sinais que parecem reverenciar a um mesmo senhor:
Existem
relatos de companheiros maçons que se ajudaram mutuamente, mesmo estando em
lados opostos de uma guerra. Isto deveria levar à reflexão sobre o nível dos
conchavos que se estabelecem nas altas cúpulas do poder. As coisas não são
necessariamente como parecem e, sem dúvidas, esse paradoxo me lembra a águia
bicéfala maçônica. O seu significado é muito semelhante ao “Y”, pois apesar de
cada cabeça olhar para a direção oposta, isto ocorre sob uma mesma coroa e elas
fazem parte de um mesmo ser, unidas pelo mesmo corpo, vontade e propósitos:
Há
registros de diversas ordens de cavalaria contemporâneas a “Ordem dos
‘Pobres’ Cavaleiros de Cristo” ou templários. A Ordem Militar de São Lázaro
de Jerusalém é uma delas e talvez guarde uma das conexões mais intimas e interessantes
por reunir muitos cavaleiros templários afligidos pela lepra. Homens muito
valorosos em combate, talvez incentivados pela busca de alcançar uma morte mais
digna...
Não digo que seja inviável, mas seria uma tarefa bem árdua fazer as derivações
entre esse festival de eventos sociais com honras e medalhas e todas as suas
ligações com figuras de destaque atuais na Ordem Maçônica. Mas, no Brasil,
temos um ditado popular que diz que "quando
a esmola é demais, o santo desconfia...".
Existem muitos militares brasileiros notáveis, desde os tempos do Império, que
pertenceram às fileiras da Maçonaria e tiveram papel de destaque na história
brasileira: Duque de Caxias (que ocupou o cargo de Primeiro Ministro do
Brasil), Marechal Manuel Luís Osório (Senador, Ministro da Guerra e Patrono da
Cavalaria), Marechal Deodoro da Fonseca (Chefe do Governo Provisório), Marechal
Floriano Peixoto (também Presidente da República), Mal. Hermes da Fonseca
(também Presidente), entre outros. Fora as grandes figuras políticas de origem
civil, como o Grão Mestre José Bonifácio de Andrada e Silva que dá nome a
algumas da medalhas recebidas pelo Sr. DeRose.
A propósito, vários rudimentos maçônicos podem ser vistos no retrato de José
Bonifácio abaixo, principalmente no selo comemorativo. Observe-se a posição
maçônica da mão direita junto ao peito, abaixo da Grã-Cruz da Ordem de
"Cristo":
A
Ordem de "Cristo" foi criada por Dom Diniz de Portugal para abrigar o
corpo remanescente da Ordem dos Templários, após sua dissolução, perseguida
pelo rei Felipe IV (o Belo), da França. José Bonifácio, o tutor de Dom Pedro
II, também foi Grão Mestre da Ordem de "Cristo".
José Bonifácio é o mentor do Brasão de Armas e da Bandeira do Brasil Império:
Perceba-se
a Cruz Templária inserida dentro da esfera armilar, símbolo da expansão
marítima portuguesa. Essa inserção da cruz templária dentro da esfera sugere o
reconhecimento da utilização da experiência e saber dos templários na
realização dos empreendimentos da coroa lusitana. Vista como um protótipo das
idéias de hegemonia mundial; percebe-se o quanto se pode tratar de uma ambição
antiga. Os ramos atados de oliveira (vida, paz, prosperidade) e de acácia
(imortalidade, pureza, ressurreição) são símbolos amplamente empregados pela
Maçonaria.
Atualmente, os maçons costumam argumentar que não são mais uma sociedade
secreta e sim uma "sociedade discreta". Mas, através dos tempos,
parece sempre ter existido dois tipos de maçons: os de palco e os de
bastidores. Não que os maçons de bastidores não sejam pessoas públicas, eles
apenas mantêm sua filiação à Ordem oculta da sociedade. Por trás disso, existem
razões estratégicas, pois se assim não procedessem, ficaria evidente a presença
maciça da Maçonaria em todos os pináculos sociais brasileiros. Inclusive,
concorrendo entre si por cargos políticos, pois, ganhe quem ganhar, o benefício
será sempre da Ordem e da “Obra”.
Portanto, embora os maçons possam se reunir em lojas publicamente
estabelecidas, seus segredos permanecessem secretos e seus membros, de fato,
continuam bastante discretos...
Não fosse apenas pela presença de elementos templários nos símbolos da cidade
de São Paulo, a relação entre eles e a Maçonaria também poderia ser
estabelecida pela "coincidência" administrativa na época de suas
criações.
O brasão de São Paulo foi criado em 1916, durante o governo municipal de
Washington Luís que, dez anos mais tarde, tornou-se presidente do Brasil.
Washington foi o fundador e o primeiro "Venerável Mestre" da Loja
Maçônica Filantropia II, em Batatais, interior de São Paulo.
Já
a Bandeira da cidade de São Paulo foi instituída em 06 de Março de 1987, pelo
então prefeito e ex-presidente do Brasil, Jânio Quadros, como um de seus
primeiros atos. Jânio era Mestre Maçom. Segundo registros públicos da própria
Maçonaria, Jânio foi iniciado pela Loja Libertas em 1946, deixando a Ordem em
data não especificada e voltando em 1985, dois anos antes de instituir a
bandeira que seria uma cruz “deitada”, ao centro da qual se estampou o brasão
de armas:
Vemos,
assim, que a bandeira paulistana foi criada sob o mandato municipal de dois
notáveis maçons brasileiros (lembrando que ambos ocuparam a presidência da
República), separados pelo intervalo de 71 anos na confecção dos símbolos
paulistanos. No escudo do brasão vemos o braço de um cavaleiro empunhando a
bandeira da cruz templária ou Cruz de "Cristo", a mesma que tremulava
nas naves da expansão marítima portuguesa.
O lema "Non ducor duco"
ou "não sou conduzido, conduzo"
está de pleno acordo com o espírito "libertário" e empreendedor que
caracteriza os ideais maçônicos. Mas por que será que a cruz do escudo é
diferente da cruz externa que a contém?
A Cruz Templária pode até levar o nome de Cruz de "Cristo", mas isto
foi feito para torná-la atraente aos homens que estivessem dispostos a serem
recrutados para combater e morrer em nome de uma idéia de Cristo. Guerreiros
que podiam ser puros ou sinceros de coração, valorosos em combate, mas que
deviam ser tão impulsivos que agiam muito antes de pensar...
Desde quando Jesus pediu para combaterem em seu nome? Muito pelo contrário,
pediu para que os homens se amassem entre si como Ele os tinha amado... Não
existe guerra santa! Ainda que possamos reconhecer uma contraparte de reações
justas na defesa de direitos legítimos, todas as guerras são bárbaras e
assassinas, sendo fomentadas pelas ambições de grupos elitistas em busca de
maior poder. As guerras podem ser políticas, ideológicas, entre outras
conotações, mas santas jamais! Muito menos aos olhos de Jesus Cristo.
A
cruz templária é baseada na quadratura do círculo: um dos problemas clássicos
da geometria, que era o de construir um quadrado com área equivalente ao de um
círculo. Considerando que o maior de todos os círculos ou esferas é o mundo e
os quatro braços da cruz são as suas quatro direções; o propósito era mapeá-las
e conquistá-las. Isto tem a ver com poder, com dominação e não com Jesus
Cristo. Desde quando Jesus Cristo foi pregado em uma cruz de quatro braços
iguais para que essa cruz pudesse ser chamada de Cruz de "Cristo"?
O rei francês perseguiu a Ordem Templária porque estava afundado em dívidas com
os templários. Desde aqueles tempos e muito antes, a prática da usura, do
estímulo a tomada de empréstimos e da formação de dívidas já era empregada para
submeter reis e reinos... O que conhecemos por história, nada mais é do que a
narração de um ponto de vista através do qual um acontecimento foi testemunhado.
A forma de contá-la pode ser amplamente distorcida por influências
tendenciosas. Uma análise mais neutra talvez conduzisse à conclusão de que nem
os templários eram anjos, nem Felipe IV era um demônio. Sem sectarismos,
veríamos apenas homens defendendo seus próprios interesses e ambições.
Já a cruz externa na Bandeira de São Paulo, esta sim, pode representar a Cruz
de Cristo pelo alongamento de um de seus braços. Ela não deriva da quadratura
do círculo. Mas observe que está tombada. Ora, sendo símbolo do cristianismo,
porque exibir uma cruz derrubada em uma bandeira? Porque a idéia é justamente
esta: lutar pela derrubada dos valores apregoados pelo cristianismo!
Simbolicamente, o brasão de armas e a frase "Non ducor duco", remete
à rebelião de Lúcifer. A cidade de São Paulo é uma Cosmópolis maçônica aonde as
idéias de lapidação da pedra bruta pela geração de riquezas, desbravamento,
divisão e estabelecimento do poder florescem e estão gravadas nos elementos do
brasão circundado sobre a cruz derrubada... Nada existe ali de cristão e muito
há de anticristão, pois o cristianismo é encarado como um obstáculo ao
"progresso" e ao "livre pensamento".
Antes de prosseguir, gostaria de remover o cristianismo da pele de sua
principal instituição que é a Igreja Católica. Supostamente, esta instituição
teria sido fundada em torno da palavra professada por Jesus, mas, na prática,
os ritos católicos são um amalgama das incorporações de muitas práticas pagãs
para reunir prosélitos. Em nome de Jesus, os senhores da Igreja perseguiram,
torturaram, mataram e reprimiram de todas as maneiras possíveis quem pudesse
representar uma ameaça ao seu poder, produzindo muitos ressentimentos
históricos... Os ensinamentos de Jesus não são os culpados pelas atrocidades
cometidas, mas intenciona-se que se percam e caiam na trilha de falsos líderes
que corromperam a verdade que liberta para satisfazer suas próprias ambições.
Ainda assim, derrubar as denominações faz parte do objetivo maior que é anular
o próprio Cristo. Tendo tudo isso em vista, fica ainda mais sugestivo ver que o
Sr. DeRose tenha colocado o brasão da Uni-Yôga dentro de uma Cruz Tombada
para compor a bandeira do seu grupo:
A
julgar pelas aparências, algum desavisado poderia acreditar que a composição
acima retrata outra daquelas "saladas místicas". Mas, segundo vimos,
tudo se encaixa, fazendo bastante sentido. Diante do exposto, fica claro que
tal bandeira significa tudo quanto poderia haver de mais contrário a fé cristã.
Eles não acreditam na salvação proposta pelos evangelhos e sim numa metodologia
para atingir níveis de expansão da consciência, cuja principal via é o êxtase
sexual. Eles não crêem em Jesus Cristo como filho de Deus manifestado na terra
e têm por "mestre" um homem de carne e osso como condutor de seus
caminhos. Então, para que uma cruz, senão para subvertê-la, tombando-a como
quem derruba um velho edifício?
Os valores pregados pela Uni-Yôga são anticristãos. Do ponto de vista daquilo
que eles chamam de "cultura", o cristianismo é considerado repressor
e totalmente contrário às suas práticas. Os motivos para adotar tal cruz são
mais bem elaborados e sinistros do que simplesmente prestar uma homenagem à
cidade de São Paulo pelo reconhecimento recebido ou por ser a sede do seu
sucesso empresarial.
Seus seguidores dizem-se praticantes do "mais completo Yoga do
mundo", mas ao cultuarem a juventude, o corpo, a beleza exterior, marcas,
luxo e badalações, deixam-se seduzir pelas aparências ou por aquilo que é
efêmero. Parece que jamais questionam sobre a real afinidade entre a fonte de
uma honraria e aquilo que a Uni-Yôga diz representar. Não se importam com a
origem de uma homenagem desde que se sintam homenageados na figura do seu
"mestre". Algo que me parece tão conveniente quanto insensato...
Entre as instituições que prestigiam o Sr. DeRose está a SBHH -
Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística (entidade da qual ele tem
recebido medalhas e comendas). Entrando em seu site, pode-se verificar a lista
do grupo denominado "Oficiais Chanceleres". Num rápido passar de
olhos, vê-se que dois deles são políticos conhecidos do Estado de São Paulo,
ligados à Maçonaria, mais um terceiro que declarou seu grau e filiação maçônica
durante um debate num programa de televisão. Portanto, não é difícil verificar
a existência de laços com a Maçonaria e não estamos invadindo a privacidade de
ninguém ao citá-los, pois tais informações são de domínio público e podem ser
obtidas na internet por quem se dê ao trabalho de procurá-las. Aliás, elas são
tão públicas quanto é a esfera de atuação desses homens.
O primeiro é o deputado federal Arnaldo Faria de Sá citado no Blog do Sr.
DeRose como um dos "deputados amigos do Swásthya" (denominação do
método por eles praticado). Detém o título de "Comendador Grã Cruz",
é Grão Mestre Maçom e um dos autores do projeto que instituiu o dia do maçom no
Brasil (20 de Agosto). A ele se junta o também "Comendador Grã-Cruz"
deputado federal Francisco Marcelo Ortiz, maçom filiado à Loja Renascer e,
segundo consta, presidente do PV (Partido Verde) de Guaratinguetá, no interior
paulista. Outra figura ilustre é conhecida do meio cristão por ter debatido
favoravelmente à Maçonaria (apesar de se dizer evangélico) em oposição ao Dr.
Abimael Correa do Nascimento Filho (ex-grau 33) e ao Dr. Pedrosa no vídeo
"Maçonaria vs. Fé Cristã", divulgado no Youtube. Trata-se do também
Comendador Grã-Cruz, jornalista e advogado, Professor Dr. João Baptista de
Oliveira; maçom do 33º e Soberano Grande Inspetor.
O
ponto que desejo destacar é que tais associações demonstram a influência da
Maçonaria no recebimento de homenagens que manifestam o reconhecimento e o
apoio entre fraternos comprometidos com a mesma "Grande Obra" e não
apenas o mérito pessoal por realizações filantrópicas, apoio a causas
humanitárias ou a promoção do bem social, fora das imediações de um círculo
restrito.
Pessoalmente, eu não tenho nada
contra os maçons. Conheci alguns que me pareceram pessoas sinceras e dignas,
além de bastante cultas. Diga-se de passagem, quem quer que observe a fala do
Dr. João Baptista Oliveira no vídeo "Maçonaria vs. Fé Cristã",
matéria levada ao ar pela RIT TV, verá que se trata de um homem instruído,
distinto e bem articulado, a quem não se pode negar certo carisma. O Dr.
Oliveira se apresenta como evangélico batista e maçom do grau 33, afirmando
serem condições absolutamente conciliáveis, algo de que discordamos...
Por outro lado, também conheci maçons que tentam encobrir a incapacidade de
dialogar ou suas motivações inconfessáveis com uma indisfarçável arrogância.
Por tais exemplos é que dou ciência do quanto o caráter é uma condição
individual, inexoravelmente desprendida dos valores de qualquer instituição.
No texto abaixo, escrito pelo Sr. DeRose em seu livro “Yôga, Mitos e Verdades”
(relançado sob o título “Quando é Preciso ser Forte”), ele traça um perfil das
pessoas que lhe fazem oposição:
“Até hoje, quanto mais inculta a
pessoa, mais nos faz oposição. O repúdio é inversamente proporcional à
cultura do observador. Pessoas menos intelectualizadas rejeitam nossas
propostas sistematicamente, até mesmo porque não conseguem sequer escrever
ou verbalizar corretamente o nome do Swásthya Yôga. E quanto a este pormenor,
se o povo consegue pedir uma tônica Schweppes, muito mais fácil é pronunciar a
palavra Swásthya.”
Yôga, Mitos e Verdades - DeRose
Percebam que ele estabelece uma relação proporcional entre uma pressuposta
ausência de cultura e a rejeição de suas práticas. Os que lhe fazem oposição
são classificados como pessoas “incultas”, restando entender como pessoas tão
“menos intelectualizadas” que sequer consigam escrever ou pronunciar o nome de
seu ramo de Yoga corretamente, possam rejeitar suas propostas
“sistematicamente”.
“Vaidade das vaidades, diz o
Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.”
Eclesiastes 1:2
Muitos
podem ficar intimidados com a idéia de serem considerados incultos. Assim, se
acabrunham e se calam... Isto me faz lembrar a fábula do rei nu, de Hans
Christian Andersen. Da roupa tão leve e tão maravilhosa que os tolos (as
pessoas ineptas, destituídas de inteligência) não seriam capazes de enxergá-la.
Na verdade, um estelionato que explorava a vaidade humana. Os membros da corte
não viam a roupa, mas, ainda assim, nenhum deles teve coragem de admitir para
não ser chamado de tolo, correndo o risco de perder seu posto no palácio. No
dia do desfile público, o rei marchava nu diante de uma multidão estupefata,
mas ninguém teve coragem de denunciar o ridículo por medo de retaliações. Até
que uma criança, símbolo da pureza incorruptível, gritou: “Coitado, o rei está
nu!”. E todos se juntaram em uníssono: “O rei está nu!”
A declaração do Sr. DeRose é falaciosa; trata-se de um ataque ad hominem. Não
defende um pensamento, apenas tenta diminuir com generalizações, qualquer um
que discorde de suas idéias, desqualificando-o como ignorante. Que tipos de
pessoas incultas teriam interesse em aprender Yoga e ainda seriam capazes de
sustentar um questionamento? É preciso respeitar a pluralidade de opiniões,
isto sim! Uma pessoa inculta ou rude não sabe argumentar, muito menos de forma
sistemática. Todos nós nos defrontamos com opiniões contrárias, mas os
argumentos das réplicas devem ser dirigidos contra idéias e não contra
pessoas...
Para quem não teria nem mesmo concluído um curso numa instituição de ensino
superior regular, são bastante pomposas as insígnias do Sr. DeRose.
Condecorações, comendas e títulos como educador, reeducador e doutor... Mas não
cito isto para desmerecê-lo e sim para frisar que a inteligência e,
principalmente, as intenções de um homem não podem ser medidas pelos títulos
que conquistou ou recebeu; assim como por aqueles que ainda não retenha.
No seu próprio mercado de ensino, o Sr. DeRose é conhecido por causar uma
celeuma em torno da transliteração da palavra Yoga, grafada em sua Rede com
acento circunflexo no esforço de ostentar maior conhecimento lingüístico diante
dos concorrentes e agregá-lo como diferencial para a sua escola. Igualmente,
ele desaprova o aportuguesamento da palavra Yoga, através da substituição do
"Y" pelo "I", conforme vemos na grafia "Ioga".
Considerando que, em sua justificativa, ele evoca a defesa por uma padronização
internacional; é contraditório notar que, internacionalmente, se Yoga não é
escrito com "I", também não é grafado com acento...
Na verdade, trata-se de uma estratégia de marketing que vem perdendo o fôlego,
inclusive diante do acordo ortográfico e da supressão do acento para as
palavras paroxítonas. De tal forma, dentro de seu grupo, a utilização do termo
Yôga tem sido preterida pela expressão “Nossa Cultura”, “Life Style” (Estilo de
Vida) ou "Método DeRose", não sendo mais recomendado por ele o uso
incisivo do termo Yôga. Além disto, o Sr. DeRose tem preferido que se refiram a
ele como professor, escritor, educador ou comendador; embora a expressão
“mestre” ainda predomine. Esta é a fachada de modernidade que buscam imprimir,
juntamente com a suposta desvinculação de quaisquer fundamentos místicos ou
espiritualistas.
Para os que tenham dúvidas das conotações mistico-religiosas que subsistem quer
sob o nome de Método, Life-Style, Cultura ou outro rótulo e embalagem
diferentes que ainda possam criar, basta consultar o livro "Corpos do
Homem e Planos do Universo", do Sr. DeRose. O texto dispara o mesmo
arsenal de paradigmas teosóficos que divide o homem em sete corpos com
diferentes padrões vibracionais, estendidos dos planos mais sutis até o mais
denso, onde se materializa o corpo físico, propriamente dito. Descreve a
relação entre tais corpos, os chacras (centros de energia nervosa), mantras
(sons vocálicos), níveis de consciência, estágios evolutivos e a doutrina da
reencarnação. Ou seja, trata-se da mesma via proposta pelas escolas de
mistérios, entre as quais está inclusa a Maçonaria.
Publicamente,
as idéias do que significa a relação entre mestre e discípulo são minimizadas,
mas o livro "Tratado de Yôga", também do Sr. DeRose, dá a dimensão
exata do nível de compromisso exigido. Menciona sobre as obrigações, os
vínculos de lealdade, obediência e as vantagens de uma identificação de tal
magnitude com o "mestre" que o discípulo já não saiba distinguir a si
mesmo de seu "guru". Esse estado devocional é citado como desejável
sob a alegação de que o discípulo aceleraria o seu "progresso evolutivo",
impulsionando o seu padrão vibratório inferior para alcançar o padrão
supostamente elevado do "mestre". Diga-se de passagem o Sr. DeRose
não teria ele próprio um "mestre" físico, mas uma entidade misteriosa
que tramita entre um ser do mundo espiritual e um arquétipo do inconsciente
coletivo como guia...
Como parte do exercício devocional, a título de gratidão pelo conhecimento
recebido, os praticantes iniciam suas aulas com aquilo que chamam de
"Pujá": uma técnica de visualização que consiste numa oferenda de
energia pessoal dedicada ao "mestre".
Para não deixar dúvidas da existência de um culto dirigido à personalidade do
Sr. DeRose, leiam abaixo uma circular contrária àqueles que resolvem sair da
Rede, assinada por um de seus discípulos diretos:
"(...) A nossa verdadeira
missão é tornar-nos a imagem e semelhança do Mestre... reproduzir a sua visão
iluminada da realidade... egos e vaidades distorcem a luz que vem do
Mestre. São dissidentes porque estão cegos e gerarão dissidentes tão míopes
quanto eles."
"Luz", "visão iluminada", "cegueira" e
"miopia"? De uma coisa todos podem estar certos: não se trata de uma
campanha oftalmológica!
Pergunto:
um predador comunica à sua presa que está prestes a devorá-la ou espreita e se
oculta ao máximo para se aproximar furtivamente até que a fuga seja impossível?
A vida seria bem mais fácil e haveria menos vítimas de enganos se adotássemos
por regra o simples preceito de que aquilo que tem garras e dentes de lobo, que
cheira como um lobo, que anda como um lobo e uiva como um deles, não importa o
que diga ou como se apresente: é um lobo!
O leitor pode continuar
desacreditando na relação de patrocínio do Yoga pelos interesses maçônicos;
desprezar o sincretismo entre Shiva e o diabo; prosseguir na entonação de
mantras indianos como se fossem sons vocálicos inocentes; mas, principalmente,
no que diz respeito à veneração dos que se dizem “mestres”, subsiste a
incompatibilidade com os princípios do Evangelho, na palavra do Nosso Senhor
Jesus Cristo:
8 Vós, porém, não
queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e
todos vós sois irmãos. 9 E a ninguém na terra chameis vosso pai,
porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. 10 Nem vos chameis
mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. 11 O maior
dentre vós será vosso servo. 12 E o que a si mesmo se exaltar será
humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. 13 Mas ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino
dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
Mateus 23
O texto acima é extremamente claro. A ninguém um verdadeiro cristão chamará de
mestre, pois o nosso único Mestre é o Cristo! Tampouco se envolverá com
técnicas cujo objetivo é levantar uma suspeita serpente adormecida na base da
coluna vertebral. Não importa se tal expressão é dita como uma figura de
linguagem para referenciar uma energia orgânica que deva irromper pelos centros
psíquicos, visando propiciar uma suposta hiperconsciência.
Dentro do padrão recorrente de misturar mentiras e verdades, há que se
reconhecer, entretanto, o valor da temperança na administração do impulso
sexual. O apóstolo Paulo pregava a virtude pela castidade ou pelo casamento. De
modo que não convém ao homem e a mulher, perderem-se nas perturbações eróticas
e facilidades sexuais dos nossos tempos. Mas, a despeito dos apelos de vários
métodos de meditação, não é o vazio da mente que conduz ao sentimento de paz,
mas a plenitude de Deus em nossos corações. Assim como um cálice é preenchido
de baixo para cima, embora o seu conteúdo se precipite de cima para baixo,
subindo gradativamente até transbordar, devemos nos tornar receptáculos da
Fonte Eterna que é o Deus Pai Todo Poderoso. Devemos estar cheios do Espírito
Santo que emana do Altíssimo, ao invés de sermos escalados por uma serpente até
o topo de nossas cabeças, onde o Reinado de Cristo é a única coroa.
A serpente é um antigo símbolo de tudo aquilo que deve ser evitado pelo
cristão. Nós nos enlevamos pela graça do Espírito Santo que não emerge dos
esgotos corporais, de comportamentos libidinosos, nem de libertinagens
enganosamente camufladas por falsos apelos de libertação sexual. O Espírito
Santo se manifesta unicamente pela graça do Deus Único e não pela submissão a
uma hierarquia que entroniza Satã como o portador da luz para a humanidade.
ENGRAÇADO EM TODA NET NUNCA VI UM MAÇON,ROSACRUZ,ESPIRITA,HINDU,MISTICO,ETC.ATACANDO ALGUEM DE UMA FÉ DIFERENTE,ISSO EU SÓ VEJO EM SITES DOS Q SE DIZEM SEGUIDORES DE CRISTO,SE SENTEM TÃO INCOMODADOS COM OS Q POSSUEM UMA FÉ DIFERENTE,E AINDA POR CIMA ESPALHAM MENTIRAS SOBRE AS OUTRAS RELIGIÕES Q PARA QUEM NÃO CONHECE ACHARÁ Q É VERDADE,APONTAM ATODO MOMENTO O DEDO E JULGAM MESMO CRISTO TENDO DITO PARA NÃO O FAZÊ-LO,ONDE ANDA O AMOR Q VCS DIZEM SENTIR?AAHHH ESQUECI VC SÓ AMAM JESUS E A DEUS,O RESTO É OBRA DO SATANÁS NÉ?
2 comentários:
Sabe!!!!! de mais!! muita informação vital!!!
ENGRAÇADO EM TODA NET NUNCA VI UM MAÇON,ROSACRUZ,ESPIRITA,HINDU,MISTICO,ETC.ATACANDO ALGUEM DE UMA FÉ DIFERENTE,ISSO EU SÓ VEJO EM SITES DOS Q SE DIZEM SEGUIDORES DE CRISTO,SE SENTEM TÃO INCOMODADOS COM OS Q POSSUEM UMA FÉ DIFERENTE,E AINDA POR CIMA ESPALHAM MENTIRAS SOBRE AS OUTRAS RELIGIÕES Q PARA QUEM NÃO CONHECE ACHARÁ Q É VERDADE,APONTAM ATODO MOMENTO O DEDO E JULGAM MESMO CRISTO TENDO DITO PARA NÃO O FAZÊ-LO,ONDE ANDA O AMOR Q VCS DIZEM SENTIR?AAHHH ESQUECI VC SÓ AMAM JESUS E A DEUS,O RESTO É OBRA DO SATANÁS NÉ?
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